Porto Ferreira e a Fundação de Serralves voltam a unir esforços para celebrar dois pilares fundamentais da cultura portuguesa: a arte e o vinho. No âmbito do programa “Coleção de Serralves fora de portas”, está patente nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia, a exposição “Linhas de Vento: Percursos Artísticos na Natureza”, uma experiência que convida os visitantes a explorar novas perspetivas sobre o território e paisagem durienses, através da arte contemporânea.

Com a curadoria de Joana Valsassina, esta exposição coletiva integra obras de quatro artistas de renome — Ângelo de Sousa, Fernando José Pereira, Fernando Lanhas e Richard Long — cujas criações têm a natureza e a interação com o espaço exterior como fontes de inspiração. As peças expostas acompanham o percurso de visita das Caves, estabelecendo um diálogo subtil e surpreendente com o ambiente onde há várias décadas repousam alguns dos prestigiados Vinhos do Porto da marca. A presença destas obras nas Caves Ferreira reforça o compromisso da Sogrape e da Fundação de Serralves em aproximar a arte de novos públicos, valorizando a acessibilidade cultural e promovendo encontros improváveis entre tradição e contemporaneidade.

Esta é a terceira vez que Porto Ferreira se associa à Fundação de Serralves, no âmbito deste projeto que pretende levar o acervo da Fundação a locais singulares em todo o país. Nesta edição, a exposição “Linhas de Vento: Percursos Artísticos na Natureza” evoca simbolicamente a ligação entre a história do Vinho do Porto e os caminhos traçados por Dona Antónia na paisagem do Douro, numa fusão entre memória, identidade e criação artística. A experiência oferece, assim, uma nova dimensão à visita às Caves, transformando-a numa experiência cultural e sensorial que surpreende, tanto os visitantes habituais, como quem descobre o espaço pela primeira vez.
“Esta iniciativa reforça a já longa relação entre a Fundação de Serralves e a Sogrape. Vermos duas artes – a de envelhecer vinho e a contemporânea – coabitarem num espaço tão emblemático como as Caves Ferreira, homenageando Dona Antónia e o Douro, é algo que muito nos honra e orgulha já que se trata de uma Casa que sempre valorizou e promoveu a cultura”, afirma Raquel Seabra, Administradora da Sogrape.
As obras estão patentes em vários locais ao longo do percurso da visita, como por exemplo o hall da Cruz e a sala de provas. Durante a visita, os que por ali passam têm ainda a oportunidade de conhecer espaços emblemáticos como a Casa de Dona Antónia, onde se preservam documentos históricos e objetos pessoais que evocam a vida de uma das figuras mais marcantes da região do Douro, bem como uma área inteiramente dedicada ao património Vintage de Ferreira, que atravessa três séculos de história.
A exposição “Linhas de Vento: Percursos Artísticos na Natureza” poderá ser visitada diariamente, entre as 10h00 e as 18h00, nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia, mediante aquisição de bilhete para visita às Caves.
Sobre Porto Ferreira:
Fundada em 1751 pelos Ferreira da Régua, Porto Ferreira mantém-se em mãos de famílias portuguesas desde essa época.
O período transformador para a prosperidade da marca aconteceu quando Dona Antónia Adelaide Ferreira, quarta geração da família fundadora, assumiu a liderança do negócio. Com um espírito empreendedor e uma tenacidade ímpares, Antónia Adelaide Ferreira impulsionou mudanças significativas na região e no setor do Vinho do Porto, cujos marcos continuam a ser lembrados e celebrados até hoje. Em homenagem ao seu legado, a nova ponte sobre o Rio Douro, que ligará o Porto e Vila Nova de Gaia, terá o seu nome, perpetuando a sua importância na história do vinho.
Adquirida em 1987 pela Sogrape, Porto Ferreira tem sabido combinar a evolução tecnológica com o respeito absoluto pelos métodos e práticas tradicionais, garantindo a produção de Vinho do Porto de elevada qualidade.
Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves
Esta apresentação integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves, que tem como objetivo promover a descentralização da Cultura, levando obras de arte contemporânea a comunidades fora dos grandes centros urbanos. Desta forma, o programa incentiva o contacto direto do público com obras consagradas da Coleção, permitindo novas interpretações em cada contexto onde são apresentadas.
A Coleção de Serralves, composta por mais de 5600 obras, inclui trabalhos de artistas contemporâneos nacionais e internacionais, refletindo as transformações políticas, sociais e culturais desde os anos 1960 até ao presente. O programa de itinerâncias proporciona ao público a oportunidade de entrar em contacto com esta vasta coleção, promovendo a circulação da arte contemporânea e o envolvimento de artistas e comunidades locais